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22 de dezembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO


A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Renata Cristine de Oliveira


Em se tratando de Psicologia Educacional, pode-se dizer que a mesma surge no âmbito do desconforto, onde professores, pais, diretores e a escola em si sentem-se desamparados frente ao número crescente de crianças impossibilitadas de participar do processo de evolução da aprendizagem. Tal desconforto é real, pois a impossibilidade frente ao saber desencadeia na criança outros processos que dificultam o andamento escolar. As crianças, desde então, são rotuladas a partir de comportamentos que podem se associar aos distúrbios da aprendizagem: agressivas, apáticas, desinteressadas, desatentas, desorganizadas, etc. Desse modo, intervenções que possibilitem a integração da criança ao mundo do saber tornam-se necessárias.


A melhor forma de colocar esse processo em andamento é através do lúdico, do jogo, do brincar. Sabe-se que o ser humano tem recebido muitas designações: Homo Sapiens porque possui como função o raciocínio para apreender e conhecer o mundo; Homo Faber porque fabrica objetos e utensílios, e Homo Ludens porque é capaz de dedicar-se às atividades lúdicas, melhor dizendo, ao jogo.Pode-se dizer que o ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, pois este sempre demonstrou um impulso para o jogo.


Jogar é uma atividade natural do ser humano. Através do jogo e do brinquedo, o mesmo reproduz e recria o meio circundante. Neste sentido, é correto dizer que a brincadeira simbólica fornece à criança a possibilidade de ir ao outro, viver suas respectivas experiências e voltar novamente ao seu próprio mundo. A criança, ao brincar, desenvolve sua capacidade de refletir sobre os fatos reais de formas cada vez mais abstratas, bem como constrói sua realidade, tanto pessoal quanto social. Brincando, a criança conscientiza-se de si mesma como ser agente e criativo. A relação do brincar produz e reproduz emoções, possibilitando nomear e organizar um mundo de caos para um mundo de descobertas, facilitando a abertura para o campo cognitivo.Baseando-se na pedagogia, pode-se dizer ainda que o brincar é a forma mais fácil e real para se estabelecer relações afetivas com a criança, transmitindo-lhe segurança e confiança para que a sua introdução no processo de escolarização seja saudável e prazerosa, sem sofrimentos e culpas. Através do brincar e das gratificações efetivas que acompanham esta atividade, a criança dá vazão à sua ânsia de conhecer e descobrir.


Enquanto brinca, a criança está consciente de que está representando um objeto, situação ou fato, mas, ao mesmo tempo, está inconsciente de que esteja representando algo que lhe escapa por estar fora do campo de sua consciência no momento. A brincadeira simbólica, como as demais manifestações simbólicas, daria à criança condições de aprender a lidar com suas emoções e afetos. É particularmente interessante observar um processo análogo nas crianças, com alternância de movimentos com predomínio de abertura, e outros de fechamento, tanto em nível físico-funcional, como em nível simbólico-representativo. Através da observação das brincadeiras das crianças, constata-se realmente que a cada abertura ao meio corresponde um movimento complementar de interiorização, evidenciando-se a organização interna da ação. A brincadeira simbólica vem sendo utilizada na área clínica, principalmente pela escola psicanalítica, há vários anos. No trabalho de consultório, quer em psicologia clínica, quer em psicopedagogia, muitas crianças são atendidas através do lúdico.


“O brincar se dá no espaço potencial e é sempre uma experiência criativa, na continuidade espaço-tempo, uma forma básica de viver” (WINNICOTT, 1993, p. 45).Sobre a brincadeira, mais especificamente a que ocorre na fase operacional concreta, há de se considerar também que, entre os sete e os onze/doze anos, verifica-se uma coordenação cada vez mais estreita de papéis e um aumento da socialização, que se desenvolve e subsiste durante toda a vida. Por volta dos seis/sete anos, aumenta-se novamente a atividade física da criança, o corpo encontra-se em modificação, daí a necessidade de construir um novo esquema corporal. Agora a criança tem um bom equilíbrio e muita facilidade para aprender a pular de um pé, pular corda, andar de bicicleta e para jogos com regras, mas ainda é, às vezes, difícil aceitar as regras e todas só querem ganhar. A criança observa e controla os outros membros do grupo para verificar se estão seguindo adequadamente as regras. A violação das regras gera grandes discussões. O fato de perder torna-se intolerável para algumas crianças, dando origem a cenas de choro e até mesmo de agressão. Nessa fase, abandona-se o egocentrismo em proveito da aplicação efetiva de regras e do espírito de cooperação dos jogadores.


Observa-se que existe uma evolução do brincar de um estado mais egocêntrico até a socialização. Aqui, constata-se que o jogo inicialmente egocêntrico e espontâneo torna-se cada vez mais socializado.Ao abordar a brincadeira de forma histórica, pode-se ressaltar que o conteúdo social da mesma tem mudado através do tempo. Porém, a sua essência raramente se altera. Dentro de cada faixa etária, o jogo da criança responde sempre às mesmas características lúdicas. Ao brincar e jogar, a criança fica tão envolvida com o que está fazendo que coloca na ação seu sentimento e emoção. A brincadeira na fase operacional concreta é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Brincando e jogando, a criança ordena o mundo à sua volta, assimilando experiências e informações, incorporando atividades e valores. A atividade lúdica revela-se como instrumento facilitador da aprendizagem, possuindo valor educacional intrínseco, criando condições para que a criança explore seus movimentos, manipule materiais, interaja com seus companheiros e resolva situações-problema.O brincar pode ser visto como um recurso mediador no processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais fácil.


O brincar enriquece a dinâmica das relações sociais na sala de aula. Possibilita um fortalecimento da relação entre o ser que ensina e o ser que aprende.As brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, forma de pensamentos e aprendizagem. Os jogos e as brincadeiras fornecem à criança de sete a dez anos a possibilidade de ser um sujeito ativo, construtor do seu próprio conhecimento, alcançando progressivos graus de autonomia frente às estimulações do seu ambiente.A intervenção do professor é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social ser indispensável para o desenvolvimento do pensamento. As incitações do professor ajudam as crianças na reflexão sobre suas próprias ações. Juntos e com afeto, aluno e professor podem transformar o conhecimento em um processo contínuo de construção. Cabe ao professor criar situações adequadas para provocar curiosidade na criança e estimular a construção de seu conhecimento.


Pode-se perceber nesse momento, a importância de se proporcionar à criança de sete a dez anos a vivência de situações concretas com jogos diversos e múltiplas atividades que favoreçam a construção de um ambiente alfabetizador. A tarefa essencial do educador deve estar voltada para seduzir o aluno, para que ele deseje e, desejando, aprenda. Os jogos também contribuem para o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático. Através deles, criam-se situações de aprendizagem para a criança. “O ensino da matemática fundir-se-á à aprendizagem natural, espontânea e prazerosa que as crianças experimentam desde o nascer” (FAGALI E DEL RIO DO VALE, 1993, p. 15). Os jogos desafiam o pensamento da criança, provocando desequilíbrio, proporcionando descobertas e invenções, não a memorização mecânica. Na aula modelada pelo método tradicional, o professor tem a palavra como poder e a autoridade como reforço e condutor do conhecimento.


Saber e poder juntam-se para dar-lhe segurança. Não obstante, o brincar ganha espaço na aula modelada pela criatividade, espontaneidade e desafio do pensamento da criança. Em tal aula, busca-se criar um ambiente estimulador, envolto num clima de respeito mútuo, no qual o professor procura ajudar o seu aluno a estruturar sua personalidade, autonomia, auto-estima, iniciativa própria e conhecimentos. É colocado por Piaget (1984) que aprender, realmente, é um processo de investigação pessoal em que se formulam hipóteses como faz um pesquisador, o qual tem inspirações, engana-se, avança e recua, sofre e se alegra sucessivamente.


As verdadeiras aprendizagens não se fazem copiando do quadro ou prestando atenção ao professor. A audácia de abandonar as cartilhas e confrontar os alunos com a riqueza do contato simultâneo com todas as letras, qualquer palavra, frases e textos, é que, de forma significativa, tem revertido os insucessos em muitas salas de aulas. Todavia, o brincar, muitas vezes, acrescenta ao currículo escolar uma maior vivacidade de situações que ampliam as possibilidades de a criança aprender e construir o conhecimento. O brincar permite que o aprendiz tenha mais liberdade de pensar e de criar para desenvolver-se plenamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASFAGALI, Eloísa Quadros; DEL RIO DO VALE, Zélia. Psicopedagogia Institucional aplicada: A aprendizagem Escolar Dinâmica e Construção na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 1993. PIAGET, Jean. Para Onde Vai a Educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.WINNICOTT, D. W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: IMAGO, 1993.
Publicado em 04/05/2007 15:50:00

Papai Noel de paraquedas



Fantasia em E.V.A

Fantasia em E.V.A
Written by Artesanato Eva on September 8, 2008 – 9:30 pm

Materiais:
E.V.A. Kreateva nas cores: verde estampado, verde, branco e preto
Camiseta na cor verdeBoné na cor verde
Cola quenteTesoura sem ponta
MoldePasso a passo:
1 - Transfira o risco para o E.V.A.
2 - Recorte os riscos
3 - Cole o E.V.A. recortado com cola quente na roupa

BORBOLETA FELTRO


MARCADOR DE PAGINA







Pra refletir!

Infância e sabedoria
Hoje vi uma senhora caminhando na rua. Ia com
seu passo vagaroso, um pouquinho curvada, os cabelos
brancos como que coroando a cabeça pequena.
Diminuí o ritmo de meus passos para poder
observá-la um pouco mais por trás, aquela figura frágil,
e que contrastava com a “modernidade” e a agitação de
tudo à volta.
À medida que ia ultrapassando aquela senhora,
tomando cuidado para manter distância suficiente para
observá-la, fui ficando cada vez mais encantado. Seu
semblante era absolutamente sereno. O olhar firme no
horizonte e o princípio de sorriso nos lábios me instigaram
ainda mais, a ponto de eu indelicadamente permanecer
olhando.
Percebendo meu interesse, ela se voltou para mim
e me fitou com seus olhos claros e profundos. Então
sorriu de verdade, um sorriso luminoso, contagiante.
Sem saber o que fazer, disse “bom dia”, no que
fui prontamente correspondido pela senhora, que imediatamente
voltou a mirar seu caminho e a segui-lo, firme e
já não tão forte assim, mas com a segurança de quem
sabe de onde veio e para onde vai, com toda a experiência
dos anos a apoiá-la.
Fiquei a imaginar a vida daquela mulher, todas as
suas lutas e experiências passadas, tudo o que tinha
vivenciado para chegar ali, passando dos 80 anos, segura
e confiante, rumo ao caminho que se lhe abria à
frente.
Foi então que, meio sem saber por qual razão,
me lembrei das crianças. Ou melhor, da importância e
da necessidade de ser criança. Daí a recordar o texto
denominado “Tudo o que eu precisava saber eu aprendi
no jardim da infância”, do escritor Robert Fulghum, foi
um instante. Não conheço mais nada desse autor, apenas
o texto do qual me lembrei. Mas é um texto que me
enternece porque boa parte do que verdadeiramente
importa na vida está ali, nos anos mais tenros de nossas
vidas. Sempre esteve; a gente é que não percebe.
Eis o texto. Vale a pena lê-lo:
“A maior parte do que eu realmente precisava
saber sobre viver e o que fazer e como ser, eu aprendi
no jardim da infância. Na verdade, a sabedoria não está
lá no alto morro da faculdade, mas sim bem ali, na caixa
de areia da escolinha.
As coisas que aprendi foram estas: reparta as
coisas, jogue limpo, não bata nos outros, ponha as coisas
de volta onde as encontrou, limpe a bagunça que
você fez, não pegue coisas que não são suas, diga que
você sente muito quando machucou alguém, lave as
mãos antes de comer, puxe a descarga, biscoitos e
leite quentinho fazem bem.
Viva uma vida equilibrada: aprenda um pouco,
pense um pouco, desenhe e pinte e cante e dance e
brinque e trabalhe um pouco todos os dias.
Tire um cochilo todas as tardes. Quando você
sair por aí, preste atenção no trânsito e caminhe, de
mãos dadas, junto com os outros.
Observe os milagres acontecerem ao seu redor.
Lembre-se do feijãozinho no algodão molhado, no
copinho plástico. As raízes crescem para baixo e ninguém
sabe como ou por quê, mas todos somos assim.
Peixinhos dourados e porquinhos da Índia e ratinhos
brancos e mesmo o feijãozinho do copinho plástico
—todos morrem. Nós também. E lembre-se do livro
do Joãozinho e Maria e da primeira palavra que você
aprendeu, sem perceber.
A maior palavra de todas: OLHE !!!!! Tudo o que
você precisa mesmo saber está aí, em algum lugar. As
regras básicas do convívio humano, o amor, os princípios
de higiene; ecologia, política e saúde. Pense como o
mundo seria melhor se todos, todo mundo, na hora do
lanche tomasse um copo de leite com biscoitos e depois
pegasse o seu cobertorzinho e tirasse uma soneca.
Ou se tivéssemos uma regra básica, na nossa
nação e em todas as nações, de pôr as coisas de volta
nos lugares onde as encontramos e de limpar a nossa
própria bagunça.
E será sempre verdade, não importa quantos anos
você tenha, se você sair por aí, pelo mundo afora, o
melhor mesmo é poder dar as mãos aos outros, e caminhar
sempre juntos.”

CAVERSAN, LUIZ.
Disponível em: www.folha.uol.com.br Acesso em 23 jan.2008.

Bullyling - a violência entre iguais ?


Artigo extraído do Correio da Manhã.01 Março 2009 - 16h12"

João, 14 anos, era excelente aluno. Levou a peito a atitude e os sms dos amigos. Em Fevereiro suicidou-se. A família aponta esta como a grande causa, apesar da escola rejeitar a ligação. O fenómeno do bullying, o enquadramento de especialistas e outras histórias de violência entre alunos.


Pode ser demasiado cruel o recreio da escola. Tem menos protecção para quem é posto de parte por alguns colegas. E está-se também mais exposto. João (nome fictício), 14 anos, sabia-o bem: tinha o nome inscrito no quadro de honra dos melhores alunos do 9.º ano, praticava desporto e jogava futsal como um craque, era popular e as miúdas achavam--no o máximo; talvez fosse sensível de mais para as pessoas que o rejeitavam. O próprio psicólogo que o acompanhava nas Oficinas de S. José, dos Salesianos, Lisboa, onde ele estudava, reparou num problema, recorda alguém que lhe era próximo: 'ele queria dar-se bem com toda a gente, mas não sabia gerir muito bem possíveis conflitos.' João estava a ser alvo de bullying – um termo que descreve a violência psicológica e física perpetrada pelos pares, colegas de escola, continuada no tempo e com o intuito de humilhar, rebaixar ou controlar, de alguma forma, alguém.


No seu caso, atacar a sua popularidade era uma forma de atingi-lo. Tudo terá começado quando, no início deste ano lectivo, João denunciou a um amigo um caso que se passava, à sua revelia, provocado por outros três colegas. Acontece que os quatro se juntaram e passaram a excluí-lo. Incompreendido, João desabafou com a sua directora de turma e com a família.'


Punham-no de parte e influenciavam outros a fazê-lo', relata a mesma pessoa. 'Sei que lhe mandaram mensagens de telemóvel a insultá-lo. Uma vez, que ele era para ir a uma festa – e que acabou por não ir – mandaram--lhe, depois, uma mensagem a dizer que ele não tinha ido porque ninguém gostava dele. Eram mensagens para o rebaixar, humilhar, para dizer que ele era um desgraçado que não tinha amigos. O que era completamente falso.


'Para os Salesianos, o processo educativo só se completa quando a família do aluno e a escola se envolvem em prol do mesmo. João passou a ser uma das 60 crianças a ter apoio psicológico da instituição. A mãe ficou em contacto estrito com a directora de turma, contou à Domingo, num encontro onde estivam presentes também o director pedagógico daquela instituição, a directora de turma e a coordenadora de ciclo.


João tinha maturidade. Falava roçando um ar de adulto. Mas tinha a mesma vontade de brincar e de se divertir de qualquer adolescente aos 14 anos. 'Ele era diferente da maioria dos casos de bullying onde, por norma, as pessoas fecham-se. Ele transmitia alegria, vontade de viver, tinha muitos projectos', conta a mãe. Um deles era fazer a viagem de finalistas do 9.º ano, a Paris; o outro, era figurar no 'quadro de excelência' da escola – que existe a par do 'quadro de valores', que distingue as boas pessoas –, para ter acesso à bolsa de estudo que iria aliviar a mãe e o avô da mensalidade. Quem o conhecia acredita que provir de uma condição económica diferente da maioria dos colegas e, por outro lado, ser exemplar na sua prestação escolar e desportiva, poderia torná-lo um alvo de bullying.


Todos os projectos de João ficaram suspensos. Sem que ninguém o previsse, o adolescente suicidou-se em Fevereiro, numa noite em casa – depois de se divertir a jogar ao ‘Guitar Hero’, na PlayStation3. A família acredita que o bullying despoletou o suicídio, a par da ansiedade por saber as notas do segundo período. A comunidade escolar prefere não associar estes factores ao trágico acontecimento, alegando que factores familiares somados a outros convergiram para este desfecho.


É sintomática a preocupação manifestada pelo procurador-geral da República ao constatar que só na região de Lisboa foram abertos 'cerca de 111 inquéritos', em 2008, relacionados com violência escolar – muitos contra a integridade física de professores e outros elementos escolares. Outros são furtos. Importa esclarecer que a grande maioria destes casos não são de bullying.


'Assistimos a um pico de bullying em 2002 e que, agora, está a baixar. Acontece que toda aquela indisciplina que se assiste nas escolas não é bullying, que não tem nada a ver com a relação do aluno com o professor, nem com a sala de aulas' – esclarece Margarida Gaspar de Matos, psicóloga e docente na Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa.


Nesta forma de agressão, muitas vezes silenciosa, a internet e os telemóveis revelam-se armas de bullying – é o fenómeno cyberbullying. Além de atingirem a vítima, muitos deles procuram uma – perversa – plateia. Sónia (nome fictício), hoje com 21 anos, viu a sua página pessoal no Hi5 (rede social) clonada. Há dois anos alguém copiou as suas fotos para criar um personagem. Seria 'um adolescente que estava farto da ex-namorada porque ela não o deixava em paz e fê-lo para ela perceber.' Ou seja, ele mantinha conversas apaixonadas com a rapariga das fotos. Sónia sentiu--se usada por alguém ter-se apropriado da sua identidade fotográfica para fins desconhecidos. Isso assustou-a.


O medo de não conhecer o agressor, como Sónia, pode ser tão grande como o de quem teme represálias por ter pedido ajuda a alguém. Pedro, 13 anos, reconhece que o melhor é ninguém associar o seu nome à sua imagem. No Restelo, Lisboa, a sua escola também é frequentada por alunos-filhos de classe média-alta. Os mais velhos dirigiam--se a ele com frequência obrigando-o a contar anedotas ao sabor de ‘calduços’.


'Sabe o que é um moche? Sabe o que são 20 miúdos em cima de si? Dói, pois dói' – conta Pedro. 'Sou conhecido em toda a escola como um ‘nerd’ (marrão). Nesta sociedade de hoje, nas crianças, ser bom aluno é mau. Para eles, o fixe é fumar e beber cerveja, aos 14 anos. Quem tem boas notas é um ‘nerd’'.


Apesar de importunado, o adolescente já se tinha habituado a ser alvo de troça. O culminar da tensão a que estava sujeito surge quando o mesmo grupo de sempre – desta vez eram dez – o aterrorizou. 'Ia ao McDonald’s ter com amigos quando me atacaram. Cinco deles é que participaram furtivamente, empurrando-me e dando-me ‘calduços’ e ‘carolos’'. Só o largaram, embora que por pouco tempo, quando ameaçou participar à escola. À saída do restaurante de fast-food, o grupo foi atrás dele, um deles empunhava um tabuleiro. 'Comecei a correr mas eles foram mais rápidos. Bateram-me e um deles deu-me, duas vezes, com o tabuleiro na cabeça. E caí na lama' – conta esmorecido. 'O mais humilhante é que filmaram e puseram no YouTube', denuncia.


Antes, Pedro falava com a mãe e rejeitava a sua intervenção. Desta vez, ligou-lhe logo. 'O meu pai foi à escola e fez um pouco de escândalo – era preciso – e desde esse dia dou um aperto de mão aos polícias da Escola Segura, de manhã, por protecção.' Pedro estava farto de fugir deles, nem podia chegar perto do campo de futebol. 'Ir aos balneários, isso é que não podia mesmo!


'Neste caso, a escola suspendeu o aluno que lhe deu com o tabuleiro por três dias; outros dois colegas com dois dias; e mais dois com um dia.Explica o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, que 'compete às escolas actuar em consenso com os pais.


Se porventura esse consenso não existir ou não puder ser resolvida a situação – e se a situação envolver perigo para o autor do bullying ou para quem o sofre –, deverá ser comunicado à Comissão de Protecção. O grau de perigo é determinado quando está em causa uma forte probabilidade de afectação da saúde, segurança, educação e desenvolvimento da criança'.Mas os pais podem opor-se à intervenção da escola e da Comissão de Protecção (Lei 147/99).


E, neste caso, o problema é tratado pelo tribunal.Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde relativo aos comportamentos em crianças em idade escolar, com 13 anos, sobre o fenómeno de bullying, no ano lectivo de 2001/2002, em Portugal, 8,2% dos rapazes e 17% das raparigas declararam ter sido vítimas duas ou mais vezes, no último mês – o nosso País estava em décimo quarto num ranking mundial liderado pela Lituânia. Mais surpreendente: 15,8% dos rapazes e 27,3% das raparigas afirmaram terem sido autores de bullying, duas ou mais vezes, nos últimos meses – o que nos catapulta para o quarto país no ranking, liderado pelo mesmo.


No entanto, até mesmo antes da adolescência, há crianças a ‘provar’ desta violência transversal a classes sociais e a escolas. Ana Milene Magalhães, de 10 anos, tem uma afirmação convicta para responder às agressões dos colegas, no início de Fevereiro. 'Só volto à escola em Março, porque acho que me vou esquecer do que aconteceu.' A mãe, Rute Marina, não contesta. E a menina, hesitante, acaba por contar o seu tormento por voltar ao 5.º ano da Escola Básica Integrada, do Monte de Caparica, Almada – colada ao problemático bairro do Pica-pau Amarelo –, disposta a recuperar as cinco negativas.


Dentro da própria escola, Ana foi humilhada por quatro colegas, que lhe puseram lama na boca e deitaram-na ao chão, pisando-lhe a cabeça. Eram já frequentes as quezílias entre eles – ao ponto da mãe pedir aos professores para a deixarem ser a primeira a sair da sala de aulas (ver caixa). Desta vez Ana tinha sido arrastada do bar para a ribanceira que fica junto ao muro, das traseiras, da escola. Atiraram-na ribanceira abaixo várias vezes e insultaram--na. 'Deram-me chapadas, pontapés, socos e deram-me com uma capa na cara' – recorda. Ainda lhe rasgaram os cadernos e desapareceram os seus livros. Ninguém a ajudou. E os professores e auxiliares não deram por nada.


A escola participou à polícia e o caso foi entregue ao tribunal. Entretanto, a menina ainda não tem apoio psicológico. A mãe só lamenta ter a filha 'numa escola sem condições para tomarem conta de tantas crianças'.


Allan Bean, especialista em Educação, reconhece o seu erro ao ter aconselhado o filho – que desde o 7.º ano era vítima de bullying e que viria a morrer mais tarde por consequência dos danos provocados –, a retaliar. Escreveu conselhos em livro – como ‘A Sala de Aula sem Bullying’, da Porto Editora – e no seu site bullyfree.com (parte dessas dicas podem ser lidas nas caixas). Foi a tristeza de ter perdido um filho que o leva a correr o Mundo em conferências sobre este fenómeno social.


O QUE PODEM OS PAIS FAZER PARA AJUDAR UM FILHO QUE ESTEJA A SER VÍTIMA DE BULLYNG?


• Diga ao seu filho que ninguém merece ser vítima de bullying;

• Mantenha-se calmo;

• Seja sensível ao facto de o seu filho se sentir humilhado;

•Tente saber o que aconteceu, quando, com quem, como e porquê;

• Mostre confiança na resolução do caso;

• Peça ao seu filho para escrever os seus sentimentos sobre o sucedido;

• Explique-lhe que é normal sentir-se ferido, com medo ou raiva;

• Não diga para retaliar;

• Não diga para ignorar o agressor;

• Ensine-o a ser assertivo, não agressivo;

• Comunique à escola todos os episódios;

• Fotografe as marcas de agressões;

• Seja paciente com a escola;

• Inclua o seu filho na tentativa de encontrar uma solução;

• Peça a colegas do seu filho, com boa conduta moral, para o acompanharem na escola;

• Não desista.


FIQUE ALERTA AOS SINTOMAS QUE NORMALMENTE UMA VÍTIMA APRESENTA PARA SABER QUANDO AJUDAR

• Desinteresse súbito pela escola;

• Desmazelo súbito na elaboração dos trabalhos-para-casa;

• Escolha de outro caminho para a escola ou um meio de transporte diferente;

•Felicidade durante os fins-de-semana, mas tristeza aparente e preocupação/tensão no domingo;

• De repente, prefere ficar na companhia dos adultos;

• Frequentemente doente (dores de cabeça ou de estômago);

• Pesadelos e insónias durante a noite;

• Volta para casa com arranhões inexplicáveis, contusões e roupa rasgada;

• Fala sobre como evitar certas áreas da escola e/ou do bairro;

• De repente, começa a fazer bullying

• Procura os amigos errados nos piores locais;

• Começa a falar de suicídio e diz sentir-se deprimido.(Conselhos do especialista norte-americano em Educação Allan Bean)..."Extraído de Mateus, Bruno (2009). Bullying - a violência entre iguais.


20 de dezembro de 2009

BULLYING

RECEBI DE ALGUM GRUPO, NÃO LEMBRO QUAL...

BULLYING

Definição e características: http://pt.wikipedia .org/wiki/ Bullying


FILMES:
01. Bang Bang! Você Morreu -

02. Elefante -

03. Te Pego Lá Fora -

04. Meninas Malvadas - uma garota criada na selva africana só conhece uma escola aos 16 anos. Ela começa a andar com um grupo de patricinhas que adoram esnobar os outros. Para vingar-se, a adolescente passa a agir da mesma forma.

05. Ponte para Terabítia - Enquanto na escola, Jess Aarons não tem amigos, é perseguido pelos valentões da sala, e vive uma paixão platônica pela professora de artes, em casa, seus pais estão com problemas financeiros e quando dão atenção para os filhos, é para alguma das quatro irmãs do garoto. Desenhista, ele passa seu tempo criando suas ilustrações ou treinando para ser o mais rápido na corrida da escola. Então surge a novata Leslie Burke, que logo em seu primeiro dia ganha de Jess e do resto dos garotos na disputa. Leslie, filha de escritores, também é vista como uma estranha, assim como Jess. Aos poucos, a má impressão da corrida vai passando e cria-se entre eles uma grande amizade. Leslie, com seu talento para criar histórias, e Jess, com suas habilidades nos desenhos, criam um mundo mágico chamado Terabítia. Um reino encantado, numa floresta perto da casa deles. Quando um acidente acontece, Jess segue os conselhos de Leslie de manter a mente sempre aberta, e decide construir uma Ponte para Terabítia.

06. Tiros em Columbine - o polêmico diretor e escritor Michael Moore levou ao cinema a história dos jovens Eric Harris e Dylan Klebold, que estudavam na escola Columbine High School e mataram seus colegas.
Sinopse: "Tiros em Columbine", de Michael Moore, explora os motivos pelos quais os americanos têm tanto fascínio por armas de fogo. O ponto de partida para essa investigação foi o assassinato em massa cometido por dois adolescentes em uma escola de Columbine. Por meio de depoimentos de pessoas comuns e celebridades, Moore traça uma ácida crítica aos Estados Unidos.

7. Nunca fui beijada - a jornalista Josie Geller recebe a difícil missão de fazer uma reportagem sobre o comportamento dos adolescentes na escola. Só que a moça nunca foi beijada e não era das mais populares na época de colégio. O filme mostra como a protagonista vira motivo de chacota para seus colegas.

08. De repente 30 - Jenna é uma garota divertida mas impopular. Quando as coisas dão erradas em sua festa de aniversário de 13 anos, ela deseja ter 30 anos, ser bem sucedida e possuir um namorado. Quando acorda no dia seguinte tudo é realizado, mas ela logo percebera que na realidade sempre teve o que quis até tentar ser popular.

09. Um Grande Garoto - Nesta comédia dramática, Hugh Grant é Will, um londrino metido a galã que resolve inventar que tem um filho só para poder ir a reuniões de pais solteiros. Lá, ele conhece uma série de mães solteiras e sempre apela para o mesmo esquema: viver um rápido romance e pular fora assim que surgir a palavra compromisso. Essa situação muda quando ele conhece Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos com muitos problemas na escola e em casa. A princípio, um é praticamente o oposto do outro. Porém, com o tempo, Marcus e Will descobrirão que têm muito a aprender um com o outro.

10. Forrest Gump - Forrest Gump (Tom Hanks) é um jovem problemático, de QI bem inferior ao resto da população.

11. Querido Frankie - é uma comovente e reconfortante história sobre a vida de um rapaz de 9 anos, surdo e mudo, que sofre perseguições Frankie, e a sua mãe, Lizzie.Desde muito pequeno que Frankie se lembra de andar sempre a mudar de casa, na companhia da mãe, e nunca ter visto o pai. Para proteger o filho da verdade, Lizzie inventou uma história para satisfazer a sua curiosidade. .. Regularmente, escreve-lhe cartas fazendo-se passar por um suposto pai a trabalhar num navio, que anda por terras distantes e exóticas.

12. Thirteen - Um filme interessante sobre como é importante fazer parte de tribos nas escolas para não ser excluído e o preço que se paga para ser cool.

13. Inimigos Para Sempre (Big Bully) - 1996 - Comédia - Quando criança, David Leary era o alvo das piadas e brincadeiras de outras crianças, e especialmente de Rosco, o valentão local. Já adulto e tendo se transformado em escritor de sucesso, David volta à cidade natal e Rosco decide reeditar as brincadeiras do passado.

14. lucas - Um Intruso No Formigueiro (The Ant Bully) - 2006 - Infantil - Depois que Lucas Nickle (voz de Zach Tyler na versão original) afoga um formigueiro com sua pistola d'água, ele é misteriosamente diminuído ao tamanho de um inseto e obrigado a trabalhar de forma escrava nas ruínas do formigueiro que destruiu.15.


BULLYING no YOUTUBE
Obs. Pode ser gravado em DVD.


01. Bullying e o mal que causa (Versão lenta para escolas)
http://www.youtube. com/watch? v=2MLMpwgrOZc

02. Você sabe o que é BULLYING?
http://www.youtube. com/watch? v=EmgxeUh7GmA&feature=related

03. Bullying
http://www.youtube. com/watch? v=mGbmqdGeokM


LEITURAS:

01. BULLYING - http://www.4shared. com/file/ 32238373/ 53381eaf/ bullying. html?s=1

SITES:
01.http://www.bullying .com.br/

02.http://www.brasiles cola.com/ sociologia/ bullying. htm

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LABIRINTO


TRABALHANDO COM O NOME PROPRIO


Objetivos

Estas atividades permitem às crianças as seguintes aprendizagens:

- Diferenciar letras e desenhos;

- Diferenciar letras e números;

- Diferenciar letras, umas das outras;

- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;

- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc;

- Orientação da escrita: da esquerda para a direita;

- Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;

- O nome das letras;

- Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);

- Habilidades grafo-motoras;

- Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.


O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo a criança com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado. As atividades com os nomes próprios devem ser seqüenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima. Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não mero decifradores do sistema, não pode pensar em atividades para nível 1, nível 2, nível 3...


É preciso considerar:

· Os conhecimentos prévios das crianças.

· O grau de habilidade no uso do sistema alfabético.

· As características concretas do grupo.

· As diferenças individuais.


Conteúdos

Leitura e escrita de nomes próprios


Ano Pré-escola

Tempo estimado Um mês

Materiais necessários

- Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos

- Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás)

- Folhas de papel craft, cartolina ou sulfite A3


Organização da sala

Cada tipo de atividade exige uma determinada organização:

- Atividades de identificação das situações de uso dos nomes: trabalho com a sala toda.

- Identificação do próprio nome: individual.

- Identificação de outros nomes: sala toda ou pequenos grupos.


Desenvolvimento das atividades


1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes. Alguns exemplos: Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que as crianças distribuam tentando ler os nomes). Lista de chamada da classe. Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc.

2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos.

3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material da criança, use etiquetas; para lista de chamada use papel sulfite ou papel craft.

4. Seja bem claro nas recomendações: explicite o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc

5. Peça a escrita dos nomes: com e sem modelo.

Objetivos

Ao final das atividades, a criança deve:


- Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc.

- Identificar a escrita do próprio nome.

- Escrever com e sem modelo o próprio nome.

- Ampliar o repertório de conhecimento de letras.

- Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma.

- Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas.


Identificação de situações onde se faz necessário escrever e ler nomes.

Aproveite todas as situações para problematizar a necessidade de escrever nomes.


Situação 1- Recolhendo material. Questione as crianças como se pode fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas para as crianças e peça que cada uma escreva seu nome na sua presença. Chame atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras, etc.


Situação 2 - Construindo um crachá. Questione as crianças como os professores podem fazer para saber o nome de todas nos primeiros dias de atividade. Ajude-as a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua cartões com a escrita do nome de cada uma que deverá ser copiado nos crachás. Priorize neste momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de reprodução pela criança). Solicite o uso do crachá diariamente.


Situação 3 - Fazendo a chamada Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula?


Observações: todas essas situações e outras têm como objetivo que as crianças recorram à escrita dos nomes como solução para problemas práticos do cotidiano. Identificação do próprio nome Dê para cada criança um cartão com o nome dela.

- Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Nesse tipo de escrita, é mais fácil para a criança identificar os limites da letra, o que também deixa a grafia menos complicada.

- Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e ser fixado em local visível. - Peça para cada um montar o próprio nome, usando letras móveis (que podem ser adquiridas ou confeccionadas) .

- Inicialmente realize esta atividade a partir de um modelo (crachá com o nome) e depois sem modelo, usando o modelo para conferir a escrita produzida.



Identificação de outros nomes da classe Apresente uma lista com os nomes das crianças da classe. Cada criança poderá receber uma lista impressa ou colocar na classe uma lista grande confeccionada em papel craft. Você poderá, também, usar as duas listas: as individuais e a coletiva.


Atividade 1- Ditado Dite um nome da lista. Cada criança deverá encontrá-lo na lista que tem em mãos e circulá-lo. Em seguida, peça a uma criança que escreva aquele nome na lousa. Peça a elas que confiram se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todas é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.


Atividade 2 - Fazendo a chamada Entregue a lista de chamada das crianças da sala. Peça que as crianças digam os nomes das crianças ausentes e que circulem esses nomes. Siga as mesmas orientações da atividade 1, no tocante às ajudas necessárias para a realização da tarefa.


Atividade 3 - Separando nomes de meninas e meninos Apresente a lista da chamada da classe. Peça para as crianças separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos.


Observação: em todas estas atividades é importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. Este conhecimento: nomeação das letras do alfabeto é importante para ajudar a criança a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado.


Avaliação

É importante observar e registrar os avanços das crianças na aquisição do próprio nome e no reconhecimento dos outros nomes. Tratando-se de uma informação social - a escrita dos nomes -, é preciso observar se as crianças fazem uso dessa informação para escrever outras palavras. A escrita dos nomes é uma informação social, porque é uma aprendizagem não escolar. Dependendo da classe social de origem da criança, ele já entra na escola com este conhecimento: como se escreve o próprio nome e quais as situações sociais em que se usa a escrita do nome. Para crianças que não tiveram acesso a essa informação a escola deve cumprir esse papel.


Sugerimos uma planilha de observação de nove colunas, contendo os seguintes campos:

1. Nome da criança

2. Escreve sem modelo?

3. Usa grafias convencionais?

4. Utiliza a ordem das letras?

5. Conhece os nomes das letras?

6. Reconhece outros nomes da classe?

7. Escreve outros nomes sem modelo?

8. Utiliza as letras convencio-nais na escrita dos nomes?

9. Utiliza o conhecimento sobre os nomes para escrever outras palavras?


Observação: A partir do registro na planilha acima é possível ter uma visão das necessidades de investimento com cada criança e também das necessidades coletivas de trabalho com a classe.


Atividades complementares

- Pesquisa sobre a origem do nome (pesquisa com os familiares)

- Análise de fotos antigas e atuais da criança.

- Montagem de uma linha do tempo da criança a partir das fotos trazidas.

Planejamento da creche




SACI

Vitoria 4 anos
Nuvem Juliana e Danielle; Borboleta Vitoria; Sol Eduardo; Gato Lucas; Arvore Rangel:
Flor Ranauê; Lago Nicole; Cobra Felipe; Leão Raphael; Saci Vitoria

O alfabeto não pode faltar.

Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posição central na classe - de preferência, acima do quadro, no campo de visão de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, é a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como grafá-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeitão dele, é só caminhar pela sequência de letras até encontrá-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dúvida de quantas perninhas tem o M, a resposta também está lá. O alfabeto da classe é um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita.
Não espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painéis de tamanho razoável, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetização inicial. Afinal, ele é um precioso instrumento de consulta para as situações de escrita, uma das quatro situações didáticas mais importantes nesse processo (as outras três são a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se você leciona para pré-escola, 1º ou 2º ano, precisa dominar essas práticas. Uma excelente chance para conhecer esses e outros procedimentos essenciais para o letramento é a edição
especial NOVA ESCOLA Alfabetização (leia o quadro "Um raio X da alfabetização").


Para que o alfabeto realmente ajude na compreensão do funcionamento da escrita, é preciso saber usá-lo. Isoladamente, ele não é nada além de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequência de A a Z não faz ninguém avançar na alfabetização. "Memorizar a ordem das letras é importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianças durante atividades de reflexão sobre a escrita", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. De fato, o instrumento é útil durante todo o início da alfabetização, ajudando a responder aos dois principais problemas de quem está entrando no processo. O primeiro - o que, exatamente, a escrita representa? - mobiliza sobretudo as crianças na fase pré-silábica, em que elas ainda não entendem que a escrita é uma representação da fala. Nessa fase, enfatizar a diferença entre desenhar e escrever é fundamental. Você pode usar o alfabeto para apresentar as letras que compõem a escrita, colaborando para distingui-las dos números e de outros símbolos.


O segundo desafio - como se organiza a escrita? - pode ser enfrentado quando alguma palavra apresentar falta de letras. Por exemplo, se um aluno escreve "AO" para representar "pato", provoque uma reflexão e questione:


- Me indique no alfabeto com que letra começa "pato".


- Está ali. É o P, de Paula. - Isso mesmo. Agora olhe o que você escreveu: "AO". Onde a gente pode colocar o P na sua escrita?


Outra dúvida comum diz respeito à grafia das letras. A forma do G é uma das mais problemáticas. Para desenvolver a autonomia, incentive a criança a procurar a letra pela recitação do alfabeto. O alfabeto deve ter letras de imprensa, sem decorações .

Foto: Gilvan Barreto

PASSOS SEGUINTES Alfabetos mais sofisticados, com letras de imprensa e cursivas, aprimoram a escrita.


Atenção, porém, antes de produzir o alfabeto da classe. Ainda são muito comuns os modelos que trazem as letras de A a Z decoradas, com figuras cuja inicial é a letra em questão. Assim, o B, por exemplo, vem adornado por uma asa de borboleta, com um contorno que se mistura ao da letra. Não é o ideal, pois a associação com desenhos confunde a criança. "Nessa fase inicial de aprendizado, ela imita a escrita e ainda não consegue determinar com clareza o que é central e o que é periférico, o que realmente faz parte da letra e o que é somente um enfeite. Por isso, qualquer elemento supérfluo acaba sendo reproduzido", argumenta Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. O melhor é que o alfabeto seja composto de letras de imprensa maiúsculas, de contornos mais limpos e claramente identificáveis quando reunidos em palavras.

Depois que os pequenos já entenderam o que a escrita representa e como ela se organiza, aí, sim, você deve mostrar outros tipos de letra, como a de imprensa minúscula (o que vai ampliar a compreensão de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos) e a cursiva maiúscula e minúscula (facilitando o contato com notas e bilhetes manuscritos e produções escolares). Novamente, essa etapa também pode se beneficiar da colaboração de um alfabeto pendurado na parede - dessa vez, um modelo um pouco mais sofisticado, com a letra maiúscula em destaque e os outros quatro tipos correspondentes logo abaixo.

fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/professoras_educacaoinfantil/

16 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

"Espero que seu Natal seja feliz e alegre...
Porque coisas boas deverão acontecer...
à PESSOAS tão legaIS como vocês!! Feliz Natal."